O Curso de Capacitação Bússola Brasil foi contemplado pelo edital n° 13 de 17 de fevereiro de 2018 – Linha de Formação e Qualificação Audiovisual, do Ministério da Cultura / SAV / Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
A pesquisa Global Entertainment and Media Outlook 2017-2021, da consultoria PWC, aponta que o faturamento de mídia e entretenimento no Brasil poderá chegar a US$ 43,7 bilhões até 2021.
Sem sombra de dúvida, neste contexto econômico o setor audiovisual possui extrema relevância.
No entanto, é importante observar que se trata de um fenômeno econômico global em setor no qual os ativos intangíveis, formados por bens intelectuais, estão sujeitos a um rígido sistema de circulação, tanto quanto os produtos gerados pelas indústrias de bens tangíveis.
No âmbito do comércio internacional, por exemplo, uma obra audiovisual, seja um filme, uma série ou um programa de tv, está sujeita às normas de comércio das convenções internacionais e aos regimes da Organização Mundial de Comércio – OMC, assim como o estão sapatos, aço, produtos agrícolas ou automóveis.
Não obstante, por não fazer parte de um processo industrial mecanizado e se tratar de bem essencialmente intelectual, o audiovisual está sujeito a normas específicas que, ao final, permitirão (ou não) sua plena exploração econômica.
A inobservância de tais normas impõe ao produto final da indústria, qual seja, a obra audiovisual, vício estrutural gravíssimo que resulta em prejuízo, por vezes insanável, à sua utilização por conta de passivos gerados quando da sua produção.
As políticas públicas nacionais para o audiovisual evoluíram e miram: o desenvolvimento do mercado interno, com a ampliação da oferta de serviços e o aumento da competitividade das empresas brasileiras, o apoio aos novos formatos e serviços e a inserção internacional.
Algumas das conquistas importantes se verificam na edição da Lei 12.485/2011, que, através de mecanismos de cotas, ampliou a demanda por conteúdos produzidos por produtoras nacionais independentes e na quantidade de longas-metragens produzidos e lançados em salas. De uma marca de 20 a 30 filmes anuais lançados do período da retomada até 2003, chegou-se a um patamar de 70 a 80 filmes, entre 2006 e 2010, 114 filmes nacionais em 2014 e, atualmente, a 140 filmes de longa-metragem, sendo que uma boa parte vem de fora do eixo Rio/SP, e, ainda, que o mercado de TV, tanto aberta quanto por assinatura e novas mídias, demanda cada vez mais conteúdo, também fora do eixo, tudo isso associado a produção de sub-produtos e ou produtos derivados, inter-relacionados e ou complementares.
Segundo relatório da ANCINE o público em salas de cinema no Brasil em 2015 somou 172,9 milhões de espectadores, crescendo 11,1% em relação a 2014. Esta é a segunda maior taxa de crescimento observada desde 2009.
Percebe-se claramente, portanto, significativo incremento da atividade audiovisual, o que reflete em novas perspectivas para os agentes econômicos que atuam no setor.
Nesse contexto, as normas que envolvem a regulação e a propriedade intelectual, aliada às práticas empresariais de estruturação e elaboração de negócios, assim como da gestão e controle de recursos humanos e financeiros, tornam-se essenciais aos agentes econômicos do audiovisual para fins de obtenção de posicionamento seguro, competitivo e sustentável na indústria.
Ao contrário de países como Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra e tantos outros, no Brasil ainda é incipiente a cultura voltada à observância das normas incidentes sobre a produção audiovisual e às práticas empresariais e comerciais, o que resulta no comprometimento da participação no processo de circulação dos produtos do setor e, por consequência, nas receitas futuras projetadas e vistas em estudos como o da PWC.
A qualificação profissional constitui demanda concreta à necessária reversão desse quadro e, consequentemente, para que se alcance uma indústria audiovisual brasileira sustentável.
Portanto, o desafio da construção de uma linguagem audiovisual eficiente, independente do produto a que se proponha realizar, passa necessariamente pela formação de um profissional de perfil multidisciplinar, de maior amplitude prática, tendo uma postura crítico - teórica capaz de fazê-lo vencer desafios.
O mercado audiovisual aponta para a demanda de um profissional diferenciado, que não atue unicamente no âmbito da criação, mas também apto a analisar as produções, discutindo-as criticamente, e a compreender a dinâmica dos processos artísticos regionais, nacionais e mundiais.
O caráter multidisciplinar dos cursos englobado pelo Projeto BÚSSOLA BRASIL, da Panela Filmes, aponta no sentido da integração e síntese dos diversos conteúdos (teórico, prático, exercícios de criatividade e de sensibilização artística e de práticas específicas da área do audiovisual) para formação do "Curso de capacitação técnico/criativa de roteiro e direção, conjugada a montagem, malha sonora e fotografia"
O dinâmico mercado audiovisual também aponta para a necessidade de elaboração de proposta de curso específico na área de gestão.
Hoje, estão sendo disponibilizados para a produção audiovisual cerca de R$ 400 milhões, via FSA. É possível verificar que cresceram, em menor escala, os profissionais aptos a participarem da área de gestão, cada vez mais especializada, do que o crescimento da demanda por um profissional apto na área de gestão audiovisual. Esta ausência é fatal para qualquer projeto que queira estabelecer conexões estáveis com o mercado.
A discussão em torno da necessidade de regulamentação do mercado audiovisual, assim como aquelas em torno da produção atual, são questões fundamentais em toda a produção cinematográfica brasileira ao longo da história. Tais questões serão constantemente discutidas ao longo do curso denominado de "Capacitação para a gestão nas áreas de Propriedade intelectual, Regulação e Estruturação de negócios audiovisuais". É a partir da reflexão sobre a dinâmica do mercado e através de formação diferenciada que procuraremos preparar os alunos dos cursos propostos.
Os cursos de capacitação audiovisual BÚSSOLA BRASIL fazem parte de projeto da PANELA FILMES, aprovado no Edital SAV/MINC/FSA Nº 13, de 17 de fevereiro de 2018. .
Panela Filmes foi fundada em janeiro de 2013, inicialmente focada em desenvolvimento de séries, documentários e vídeo clipes. Começou a ser requisitada para assessoria e consultoria nos campos audiovisuais e culturais. Atualmente, trabalha com fomento direto e indireto no segmento audiovisual, desenvolvendo projetos e plano de negócios. A produtora atua em parceria tanto com profissionais experientes quanto com jovens talentos do mercado.
CNPJ: 17.450.634/0001-49
Inscrição municipal: 0568275-4
Registro ANCINE: 4236
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